22 de abril de 2012

Izan, O Segredo do Anjo Negro
Aqui vai a primeira parte do 8º capítulo:

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David voltou a casa com um problema a menos. Felizmente o pai revelara-lhe que, tal como os humanos, os lobos também tinham um médico especializado na espécie. O que significava que, através desse mesmo médico, poderia fazer os exames.
Segundo lhe parecia tal poderia não ser possível. De qualquer modo, juntamente com Dammario Howard, arranjaria uma solução, mesmo que tivesse de arranjar uma falsificação qualquer que provasse a Elizabeth que estava tudo bem.
Então era isso, sem se dar conta, decidira que ia continuar a omitir-lhe a sua verdadeira espécie.
Encontrou-a na cozinha a preparar algo que cheirava bastante bem. Ao que parecia, Elizabeth não tinha dado pelo sua presença, uma vez que, nos seus ouvidos algo preto se fazia sobressair. Tecnologia, pensou David.
-Beth?
Ela continuava sem o ouvir, dançando ao ritmo do que parecia ser um Jazz. David aproximou-se para lhe beijar a cavidade do pescoço e Beth soltou um ligeiro grito antes de se virar para o ver.
-Olá, querido. Não vi que estavas aí.
David revirou os olhos e fê-la sorrir.
-Olá, meu amor.
-Então como correu o teu dia?- perguntou Elizabeth.
-Muito bem. Conseguimos fechar aquele negócio importante de que te falei e conseguimos também entregar a grande encomenda a tempo- David sorriu-lhe, com ar cansado.
-Isso são óptimas notícias! Parece que hoje temos vários motivos de comemoração.
-Algo que me queiras contar?- David enrugara a testa, curioso.
-Há sim. Finalmente consegui uma vaga! Vou começar a trabalhar na próxima semana.
-Que bom, querida.
David não ficava propriamente contente com o facto de saber que Beth teria menos tempo e passaria o dia todo fora de casa mas não se considerava machista e, por isso, não iria interferir na escolha da sua mulher. Talvez fosse bom o facto de Beth se distrair.
-Não me pareces muito feliz, querido.
-Impressão tua, cherie. Estou apenas cansado. Foi um longo dia.
-Hum, claro. É pena. Pensei que pudessemos comemorar as novidades. Prolongar a nossa noite.- Beth sorria-lhe carinhosamente e piscava-lhe o olho, passando-lhe a mão sobre o braço.
David soube de imediato a que se referia e não se negou a esse tipo de comemoração. Queria apoveitar todos os momentos que tinha com ela, como se fossem o último. Um dia, se algo não corresse bem, um desses momentos poderia mesmo ser o último. Puxou-a para si e levou-a nos braços, e voltou a amá-la como fizera no dia do seu regresso a Paris.
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Boa leitura!!!

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